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A Sagrada Alquimia existe desde muito tempo, tanto que ela é considerada como a “mãe” das ciências por muitas pessoas. Tamanha é a sua importância que ela pode ser considerada atualmente uma importante área de estudo em sua vida.
Quer entender mais sobre o tema? Neste texto explicarei com detalhes o que a Alquimia, posteriormente apresentarei um pouco de sua origem e história, posteriormente, direi como ela pode ser essencial ainda nos dias de hoje.
O que é a Alquimia?
A Sagrada Alquimia é a ciência mística, esotérica, conhecida como química da Antiguidade. Isso porque a ciência combinava fatores místicos com científicos e, desse modo, foi capaz de dar origem para diversas áreas extremamente importantes em nossa sociedade, tais como: geometria, filosofia, física, química, arte, medicina e metalurgia.
Tamanha a sua importância que a origem da palavra alquimia “al-kimiya” em árabe gerou também a palavra química.
A alquimia trata-se de um estudo muito profundo do ser humano, um conhecimento baseado em determinadas máximas da natureza, onde estava inserido no meio, o conhecimento dos elementos, que depois realmente aquela premissa que a alquimia tinha de conseguirmos transformar um elemento em outro era verdadeiro, já se faz isso. Porém a alquimia não é simplesmente converter elementos químicos um em outro, é muito mais ajudar o tempo acelerar na sua ação de fazer todas as coisas amadurecerem e chegarem a sua plenitude. Existe um Antropólogo do século XX que fala o seguinte:
_” Um químico que julgar o tratado de alquimia como imprestável, como primitivo, porque não lhe ajuda na sua técnica de lidar com elementos químicos, é a mesma coisa que um pedreiro querer aprender a técnica de construir casas usando o tratado da maçonaria”
É evidente que existe muito mais do que simplesmente uma técnica de construir embora a própria palavra maçom venha de pedreiro, eles nasceram exatamente dos construtores. Mas nunca se prendiam muito no aspecto técnico.
Os alquimistas consideram que um objeto está interconectado com os outros planos de manifestação. Ou seja, um objeto, no plano concreto, é uma sombra do plano das ideias, do não-manifesto, aonde o objeto existe como um “algo” ideal.
Hoje é comum que a gente pense que a alquimia teve como único mérito ser a mãe da química. Mas na verdade, existe uma grande injustiça, trata-se de coisas bem diferentes. Comparar estudos que se dedicam a planos de mundos diferentes é no mínimo injusto, principalmente porque a grande maioria das pessoas não acreditam nas bases de conhecimentos que a alquimia trabalha.
Alquimia é sobre a geração de uma construção psíquica, uma totalidade, uma coisa que tem muitas propriedades, que é paradoxal, que é mente e matéria, que pode fazer qualquer coisa. — Terence McKenna
Os alquimistas e os magos acreditam que o mundo todo é vivo.
Até mesmo os objetos, as pedras, são vivas e estão em evolução. E a lei que evolui as pedras, é a mesma lei que evolui as plantas, que é a mesma que evolui os seres humanos. Essa lei, você pode aplicá-la em qualquer elemento da natureza.
Outra premissa é que existe 2 dimensões:
O manifesto, o plano físico e o não-manifesto. E é possível que o ser humano amarre duas dimensões através da sua vontade e da sua imaginação.
Outro ponto interessante dos magos e da alquimia é a necessidade de aliar-se a um templo real, aliar-se a natureza. O templo é a natureza, é o espaço sagrado, e você deve ajudá-la, você nunca deve ir contra a natureza.
E qualquer ferramenta da terra, do fogo, da água, do ar serve ao mago para que ele possa realizar algo. O mago entende que a vida, que toda a existência, toda a jornada do herói é leve, é quase um jogo. O mago entende que ele deve levar a vida com a leveza de um jogo, como se fosse uma brincadeira. Essa é a ideia que faz com que ele consiga abstrair das coisas mundanas para se conectar com o Divino. E essa é toda a magia.
Apenas leve os outros seres para a luz, sempre com uma intenção altruísta de servir: servir a evolução do homem, servir a humanidade, servir a natureza, servir para trazer sobretudo luz para a Terra, que está obscura. Você deve trabalhar para a natureza e nunca usá-la.
Você trabalha para que os outros seres cheguem na luz, na beleza, na harmonia. E somente assim, você irá sair do stress, da desarmonia, da doença.
Para os alquimistas as mãos limpas, não contendo objetos que destroem a natureza ou o universo, representa uma alma limpa, purificada.
Se você fizer a sua alquimia sagrada, você, sem dúvida, terá saúde física, mental, psicológica, emocional, espiritual... nunca irá se estressar! Uma verdadeira AUTOCURA. Você começa a se livrar dos seus medos, das suas trevas, das suas crenças, dos seus traumas, das suas dores emocionais, e, chega em uma plenitude eterna aqui mesmo na Terra. E ficará em paz com as suas sombras…
Vai ganhando brilho, luz, paz, beleza física e espiritual, poderes mágicos…
Você fazendo a sua alquimia sagrada, vai se recuperar dos seus traumas emocionais e psicológicos, dos seus vários estresses que teve na sua vida.
Terá uma ferida sendo cicatrizada, melhorando a qualidade de vida.
Seus caminhos vão ser aplainados para você poder ser feliz em todas as esferas da sua vida, poder se sentir bem com o universo e fazer as pazes consigo mesma – olhar o mundo de uma maneira renovada. Você terá um grande destaque e grande reconhecimento, o que mudará a sua percepção da realidade, vai mudar os simbolismos, os arquétipos – você fará um novo comparativo, tendo em vista os paradigmas que você tem na sua memória. Você verá o mundo de outra forma, também de uma forma positiva, inclusive – com vitória.
Muitas coisas ruins ficarão para trás. Muitas coisas que não estão esclarecidas, você vai conseguir entender. Você receberá poder para fazer o que você quer, dentro de certos limites. Você vai aprender a ser prudente, mas, uma prudência que não vai te fazer sofrer…
Muitas vezes, somos tão prudentes, que gera uma circunstância extremamente sofrível. Mas você não vai sofrer, será prudente, por necessidades, ou situações, mas será algo muito leve, em paz. Terá renovação na vida financeira, aos poucos.
E sem dúvida, terá abundância material, mental e espiritual. Uma verdadeira Autocura!
Mas para fazer a sua alquimia sagrada, primeiramente, antes de tudo, de qualquer coisa, você precisa equilibrar dentro de você os 4 elementos. Precisa fazer a sua primeira alquimia dentro de você, equilibrando os 4 elementos. Você já sabe que a natureza possui 4 elementos: fogo, terra, água e ar. Mas, esses 4 também estão dentro de nós.
Tudo que existe no universo, também existe dentro de nós!
Os 4 Elementos em nós
Vamos entender como eles se manifestam e coexistem!
O elemento fogo
O elemento fogo está dentro da espiritualidade e da ação, mas como uma coisa tem a ver com a outra?A manifestação do elemento fogo, traz a ação que a nossa alma necessita para realizar o que realmente importa para nós, realizar nossos desejos.Você já sentiu alguma vez que parecia que não existia vontade no que você estava fazendo justamento por falta de cumprir com o que chamado da sua alma?
O elemento água
O elemento água está persente nas emoções e intuições.A sua manifestação chega através do que sentimos, tanto emocionalmente, sendo a felicidade, tristeza, raiva, medo, nojinho; até aquele famoso sexto sentido ou intuição, tudo isso é regido pelo elemento água.
O elemento terra
O elemento terra é responsável pelo corpo físico e pela racionalização. E pela sua sobrevivência.Quando o elemento terra está super presente a pessoa tem uma saúde muito boa e aquela vontade de cuidar do físico, além de ser uma pessoa que tende a resolver as coisas através do racional, procurando medidas práticas e objetivas.
O elemento ar
O elemento ar é quem personaliza nossa mente e nossas expressões.Quando falamos do elemento ar, estamos falando sobre nossos pensamentos e tudo que acontece lá dentro, é a ideia do ar se assimila muito com o ar. Pois se não existe ar (ideias) as coisas não existem e nem se movimentam, quando existe uma movimentação muito grande de ar, os vendavais (mente dispersa) também não se cria nada. Além disso o elemento ar trabalha a forma que nós nos comunicamos com o mundo, a forma que falamos, o que pensamos, como existimos.
Mas os elementos também se manifestam diretamente no nosso corpo físico, então da uma olhada no que você sente que você vai saber se existe uma hiperatividade ou uma hipoatividade desses elementos dentro do você:
- Ar: Cabeça e sistema respiratório
- Terra: Braços (até os ombros), pernas (até o quadril)
- Água: Barriga e sistema digestório e excretor
- Fogo: Sistema circulatório, meio do peito, figado e vesícula biliar.
Acredite, você tem total condições de transformar o mundo ao seu redor. Tem condições de equilibrar os 4 elementos da matéria: terra (corpo), água ( emoções), fogo ( intuição/sexualidade) e ar (mental) e os tornar sagrados.
Com isso transformar o material em espiritual.
Da mesma forma, você também poderá equilibrar as 4 funções da consciência: a sensação (terra), o sentimento (água), o pensamento (ar) e a intuição(fogo) em função de algo maior. Isso lhe permite ser uma grande curadora de corpos e almas.
E você tem total condições de ter poder pessoal, não no sentido de explorar os demais e sim de criar sua própria realidade de forma deliberada, persuadir, transformar o meio e as situações.
Se olhar bem para a sua vida, de forma clara, notará que tudo o que desejou até agora se tivesse se realizado você estaria acabada.
E aí? Como estão os elementos em você?
Sagrada Alquimia: Qual a origem da Alquimia?
Apesar de ser extremamente popular na Idade Antiga, há ainda outras possíveis origens da Alquimia. Isso porque diversos autores acreditam que ela teve origem no Egito, em técnicas de embalsamento e experiências com metais.
Apesar disso, há ainda outros estudos que acreditam que essa ciência surgiu na China, por volta de 4500 a.C. No século IV ela chegou a ser tão assustadora para muitos, que chegou a ser proibida de ser praticada pelo Imperador Constantino, voltando somente a ser introduzida no Ocidente pelos árabes e se popularizando entre os séculos XIV e XVI.
Na verdade a alquimia existe em diversas civilizações, e sua existência vem muito antes do ciclo medieval, tanto no oriente quanto no ocidente. Podemos falar da China, a alquimia associada ao Taoismo. Podemos falar da Índia, onde a alquimia também é muito forte.
Mas temos a alquimia que nasce no Egito em Alexandria, e, que atravessa a Idade Média, é a que mais conhecemos no Ocidente e é a que mais equívoco gera.
A alquimia vem da palavra “quem”, o que era o nome primitivo do Egito. As pessoas do Egito não chamavam o Egito de Egito e sim se Autodenominavam como “Quem“, referindo-se aos segredos do Egito.
A arte de preparar os “corpos” para mumificação, de poder diminuir a decomposição dos “corpos” , e também a arte de ampliar a longevidade de um ser humano, é um segredo que teria chegado a Alexandria, e teria sido codificado em vários tratados de um mestre Hermes Trismegistus. Hermes teria sido o compilador de toda a religiosidade Egípcia, teria sido o compilador da Tábua de Esmeralda, o compilador de uma série de máximas, nas quais, ele dizia, compilava as leis fundamentais que se estrutura o universo, foi também fundador da escola Hermética, onde eram guardados criteriosamente os segredos do hermetismo. E Hermes ensinava que o conhecimento não poderia cair em mãos erradas.
E o filósofo Platão falava disso, que ” é preferível a ignorância absoluta, do que ter o conhecimento nas mãos inadequadas“, essa frase dele vem da Escola Hermética, trata-se da famosa máxima Hermética que diz:
_”Os lábios da sabedoria só se abrem para os ouvidos de entendimento.”
Então, pode-se dizer que as coisas muito fechadas, estão hermeticamente fechadas.
Ou seja…
O Hermes foi aquele que guardava minuciosamente os segredos da natureza, para que não caísse em mãos erradas.
Lembre-se a humanidade é uma criança, que pode pegar algo muito poderoso e se machucar e machucar também o seu próximo. Portanto é necessário não deixar que os grandes segredos da natureza caiam em mãos erradas – de uma humanidade criança, imatura – que possuem emoções primitivas e imaturas.
Mas por alguma razão, que não sabemos dizer ao certo, parte desse conhecimento hermético aflora no início da Idade Média na Europa. Começa então, o espalhamento, divulgações, desse conhecimento dentro da Europa Medieval – de alguns grupos, que muito secretamente, começam a pesquisar a alquimia.
Veja bem… há um fato curioso…
Dentro da Idade Média, ser ambicioso e querer transformar chumbo em ouro, não era pecado. Agora, ser filosófico, espiritual, místico, esotérico e querer acelerar a evolução do homem era pecado mortal e dava fogueira garantida. Ou seja, trabalhar com algo que se referia a evolução da natureza, dos mistérios que pudessem dizer a respeito do homem, era pecado, não podia ser realizado nada disso.
Então, você vai ver que muito dessa faceta de magos em laboratórios, trabalhando o metal, para tentarem extrair do chumbo, o ouro, é simplesmente uma imagem externa. Essa imagem foi colocada pelos alquimistas medievais como forma de se autopreservação, forma de sobrevivência. Alquimistas inventavam essas imagens externas para “fugir”, escapar do “olhar” da Inquisição.
Inclusive, alguns dos grandes alquimistas que frequentavam a Escola Hermética, eram da Igreja, eram os sacerdotes. Eles secretamente se dedicavam à alquimia, como por exemplo, São Tomás de Aquino.
Enfim, muito da alquimia medieval era pesquisada dentro da própria Igreja, por alguns monges ou sacerdotes. Mas, inicialmente, não podia haver nada de esotérico, era uma mera pesquisa química.
Dentro daquele mito de transformar o chumbo em ouro, o que na verdade queriam, era transformar o homem de Chumbo em Homem de Ouro, ou seja o ignorante no sábio.
O que os alquimistas buscavam era tornar o conhecimento hermético vivencial.
Pergunta: Os alquimistas viviam uma vida muito sacerdotal, por que eles iriam querer ouro? Que ambição era essa?
Era somente uma “fachada” para se protegerem da Inquisição.
Temos a alquimia esotérica e a alquimia externa.
A alquimia externa é a faceta de transformar chumbo em ouro, para obter riquezas. É o que no geral, acreditamos que se reduz a alquimia.
Mas a alquimia esotérica, tinha como razão oculta, transformar homens de chumbo em homens de ouro. Transformar o chumbo dos instintos, da ignorância, do egoísmo, no ouro do conhecimento, da sabedoria.
Os alquimistas acreditam que o universo é inteiramente vivo.
E esse universo vivo obedece à leis que entrelaçam todos os seres de bem. E essas leis podem ser conhecidas e o homem como parte da natureza, como parte do universo, pode operar essas leis. Portanto, se existe uma velocidade da evolução dos metais, se existe uma velocidade para que as plantas evoluam, para que os animais evoluam, existe uma velocidade para que os seres humanos evoluam. E você, pode, conhecedora dessas leis, respeitando essas leis, acelerar a velocidade da sua evolução espiritual. Pode fazer com que chumbo se torne ouro, quer seja o chumbo físico ou o chumbo filosofal, da alma humana.
No fundo, o que os alquimistas buscam era o elemento da transmutação humana, que em um determinado momento foi feito dentro do Egito, eram aquilo que eles chamavam de iniciações. Iniciações, nada mais é do que escolas, aonde através de uma transmissão de conhecimentos entre mestre e discípulos, a evolução do homem era acelerada, em uma velocidade muito superior da que seria normal, mas por uma única razão: para que o homem já evoluído servisse, para que ele conduzisse outros seres humanos, para que ele se comprometesse com a humanidade. E a alquimia medieval tenta rebuscar esse segredo.
Portanto , a Alexandria foi o ponto de partida dos alquimistas, onde surge alguns tratados do Hermes Trimegisto, eram máximas altamente esotéricas, ocultas, incompressíveis para os Ocidentais daquele momento, depois, vem os grupos que surgem tentando entender essas máximas.
A alquimia surge para os árabes. Para eles o conhecimento da natureza de Alá ou Alláh não é pecaminoso. Para os árabes é interessante conhecer as leis que movimentam a natureza, como uma forma de culto ou reconhecimento da sabedoria de Alá, dentro do Islamismo, não é pecaminoso, mas para os ocidentais era pecaminoso conhecer a sabedoria das leis de Deus. Por conta disso, a alquimia se desenvolve muito mais rapidamente nas mãos dos árabes.
A alquimia teve o seu grande florescer no século XV ou XVI e XVII, tivemos grandes nomes como: Nicolas Flamel, que foi um escrivão, copista e vendedor de livros de sucesso francês que ganhou fama de alquimista no século XVII por seus supostos trabalhos de criação da pedra filosofal.
Essas fraternidades ocultas, nunca deixaram de existir. Elas também representavam a arquitetura sagrada. Os grandes arquitetos medievais que eram responsáveis pela construção das catedrais góticas, eram alquimistas. Portanto, se alguém, algum dia, tiver a curiosidade de observar por exemplo, a Notre Dame, irá ficar muito surpreso ao ver símbolos alquímicos de todos os tipos e por todos os lados – o que chamamos de arquitetura real. Alguns símbolos são: o corvo, a serpente, a águia.
Existem 3 elementos que diziam ser a busca fundamental da sagrada alquimia:
- a evolução do chumbo até o ouro
- o elixir da eterna juventude, muito conhecido na alquimia indiana
- a construção, criação de um novo ser, a ideia que a partir de um útero, de um “frasco”, você pode criar um homem, um ser elemental que seria comandado pelo mago. Isso é dito muito na Cabala, que é misturar os elementos ao ponto de criar um ser elemental. Temos como exemplo a trilogia Senhor dos anéis. No filme, vemos o mago do mal Saruman, também conhecido como Saruman o Branco, criando criaturas do mal. Mas esse 3º elemento, é mais uma representação mística: e o que realmente significa é renascer, o renascimento do ser humano.
Mas O que O Senhor dos Anéis nos ensina?
Ter cuidado com o poder colocado nas mãos erradas. Uma das grandes e maiores lições de vida que a trilogia apresenta, afinal é a base de toda a trama, é sobre o poder colocado nas mãos erradas. Na história, Sauron forjou o Anel para poder dominar todos os outros 16 anéis, conhecidos como “os sete” e “os nove”.
Uma grande máxima da alquimia é: dissolve para um mundo e coagula para um novo mundo. Você “Morre” como um ser material, ser grosseiro, individualista, egoísta, instintivo, brutal, e, “Renasce” como um Ser evoluído espiritualmente, purificado, com a sua “essência pura” desperta –Solve et Coagula — A Sabedoria dos Alquimistas.
Jesus disse:
_”Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”
A Mitologia grega é muito utilizada para representar essa máxima, Solve et Coagula, como o deus Dionísio, que morre e renasce. O Deus Dionísio era conhecido como o deus da libido e influenciava diretamente na fertilidade.
Sagrada Alquimia: qual a sua importância atual?
Agora que você entendeu o que é a Sagrada Alquimia, veja quais são as duas ramificações dessa ciência sagrada:
Sagrada Alquimia moderna
Aquela pessoa que analisa a realidade com extrema honestidade intelectual logo percebe que nada possui existência intrínseca, separada das demais coisas. Todo objeto de análise é composto por partes que se relacionam entre si. Tudo no universo é Unidade! Esse é um princípio também da física quântica.
Até mesmo o que chamamos de uma pessoa, um indivíduo, não passa de um sistema composto de outros subsistemas, composto por infinitas partes, físicas/biológicas e psíquicas, modelo este muito bem apontado por tradições orientais como a budista.
Portanto, a própria existência é dependente deste processo, Solve et Coagula, de “dissolução” e “coagulação”, “destruição” e “criação”, “morte” e “renascimento”, o processo de decompor aquilo que era composto, para que ocorra postumamente um novo arranjo. A Sagrada Alquimia, vista nos círculos científicos contemporâneos como produto da fantasia da mente de criativas mentes do passado, guarda, para aqueles com olhos treinados, sábias conclusões e insights.
_” É morrendo que se nasce para a vida eterna.” São Francisco de Assis
A alquimia moderna é a mais conhecida por todos e tem como base a transformação de um material em outro, usando os avanços da tecnologia, física quântica e ciência. Essa é a versão mais tradicional da alquimia, que desde a antiguidade visava a transformação de um “metal em outro” e até mesmo a descoberta da pedra filosofal.
Há diversas mitologias que falam da morte de um deus, e, depois, do renascimento desse mesmo deus. Falam também da ascensão gloriosa desse deus. Da mesma forma, os Alquimistas acreditam que existem seres humanos capazes de mergulhar no horizonte, enfrentar as suas trevas e os seus medos, num processo de evolução profunda e veloz e ressurgir, Renascer na aurora, depois da anunciação e ascender aos céus.
Ou seja, os alquimistas consideram que o resultado desse processo de evolução, morrer e renascer, transforma o ser humano em algo tão precioso, que esse homem evoluído, renascido, não seria capaz de apenas ser virtuoso, mas, seria capaz de transformar virtuosas as pessoas ao seu redor.
É um homem de chumbo, transformado em um homem de ouro. Esse homem de ouro se transformaria no que chamam de pedra filosofal.
O que é a pedra filosofal?
É o resultado do processo de transformação da matéria em espiritual, em algo Maior. É o resultado das 3 etapas alquímicas obtendo uma matéria super purificada e elevada. A pedra filosofal que os alquimistas buscavam, na sua excelência, era o homem virtuoso. Aquele homem que superava a “crucificação” do espaço-tempo e ascendia aos céus. A imagem do Cristo é muito associada a pedra filosofal.
Os alquimistas dizem que quando um Ser é assim, ele tem o poder de transformar tudo aquilo que está à sua volta. Ou seja, uma pedra filosofal, quando encostada em outra qualquer substância, começa a fermentar uma transformação na outra substância até transmutá-la em ouro.
Portanto, a primeira coisa para se buscar nunca é o ouro, e sim, a pedra filosofal, porque qualquer coisa que entra em contato com ela, ela transforma em ouro. Era esse homem pedra filosofal que os alquimistas buscavam. Um homem capaz de transformar homens de chumbo, em homens de ouro.
Sagrada Alquimia e o que é um Homem de Ouro
Primeiramente, entenda que o ouro permanece sempre fiel as suas caraterísticas. Qualquer superfície que o ouro esteja em contato, ele não se corrompe, ele não perde as suas características reais, nunca perde a sua real natureza, e, permanece fiel a si mesmo. Portanto, o homem de ouro, é um homem levado a sua máxima “essência pura” , a sua máxima individuação. O homem de ouro é como Midas, tudo que toca vira ouro.
Uma premissa interessante dos alquimistas é que o mundo todo é vivo, até mesmo os objetos, as pedras, são vivas e estão em evolução, isso, refere-se hoje a física quântica, a qual, diz que tudo no universo são ondas vibrando o tempo inteiro buscando evolução, buscando entrar em vibração com o Todo, com Deus.
Sagrada Alquimia mental
Menos famosa que a Alquimia moderna, essa versão tem como tentativa não a transformação de elementos físicos, mas a alteração de pensamentos negativos em pensamentos positivos por meio da transmutação mental, por meio da imaginação sadia.
Sendo assim, acredita-se que a Sagrada Alquimia tem aqui o poder de transmutar situações negativas em positivas por meio dos nossos pensamentos e principalmente da nossa imaginação. Para isso, sempre que algum pensamento negativo lhe vier à mente o altere para outro positivo.
Como exemplo, ao invés de falar “não consigo”, “sou incapaz”, “não mereço”, altere esses pensamentos para “eu sou capaz”, “mereço muito e tudo”. Trabalhe com a sua imaginação, esse é um ponto alto da alquimia. Liberte a sua imaginação. Dê asas a ela. E com o tempo você verá o quão significativas podem ser essas mudanças em sua vida, não somente em seus pensamentos, você começará a alcançar coisas no mundo físico, ainda mais poderosas e que sempre quis ter.
Os alquimistas acreditam que se um homem trabalha nesse mundo aqui, físico, mas, com sua intenção de trabalhar no mundo mais elevado, o que ele fizer aqui, então, fará nos 2 mundos – qualquer trabalho físico feito no mundo manifesto, no mundo físico da matéria, mas com a intenção de unir os 2 mundos, manifesto e não-manifesto, vai gerar efeito nos dois mundos. É importante que você entenda isso. Exemplo: o boneco de vodu.
E você pode perceber a alquimia nos seres primitivos, nos homens das cavernas, nos homens pré-históricos, que pintavam os animais dentro de cavernas. Até eles conheciam os princípios da Alquimia.
Conta-se que uma das coisas mais complexas, é entender porque esses homens entravam em locais absurdamente muito estreitos, uma parede quase que comprimida contra a outra, e ainda, faziam pinturas de suas caças – minuciosamente desenhavam as suas caças, eles acreditavam que ao fazê-lo com toda a concentração, de alguma maneira eles já tinham dominado as suas caças – lei da atração. Quando chegavam nos campos no dia seguinte, as caças estavam lá, quase que hipnotizadas.
Perceba então, a capacidade do ser humano de conectar esses 2 mundos, manifesto e não-manifesto. O homem possui um dom especial que é a imaginação e a vontade.
Portanto, você é capaz de trabalhar com um objeto concreto, nesse mundo físico, e, aquilo que ele realmente simboliza no mundo espiritual também vai estar sendo trabalhado, através dessa sua intenção – que une imaginação e vontade.
A alquimia é muito mais além do que simplesmente uma operação química.
Serenidade deve ser o seu treinamento!
Você não vai mudar nada. Você precisa analisar o que você está aprendendo com tudo que acontece com você.
Então, você vai se transformar e nunca mais vai voltar o que era antes.
A alquimia da vida é usar o que está ao nosso redor como elementos primordiais de mudança. Quando você dá o comando para a sua mente isso se torna real. O poder da mudança, ao fazer acontecer.
Ao longo deste texto disse que a Sagrada Alquimia é extremamente importante para quem deseja transformar pensamentos negativos em pensamentos positivos e é extremamente importante para quem deseja ter saúde. Mostrei que essa ciência foi extremamente relevante, pois através dela, diversas descobertas científicas e místicas foram realizadas.
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