A Polícia que Cega é também Culpada pela Violência no Mundo?

A Polícia que Cega é também Culpada pela Violência no Mundo?

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Desde muito tempo, a polícia que deveria proteger a todos comete uma série de barbaridades contra a população. Além de proteger somente aos mais favorecidos e ricos, ela tornou-se polícia que cega e machuca pessoas que se manifestam por seus direitos. 

Sendo assim são os pobres os que sofrem as piores barbaridades e humilhações. É sempre essa população que é acometida por diversas violências sem a proteção de quem deveria cuidar de todos.

Pergunta:

Como não sofrer e ficar deprimida com um evento como esse?

A polícia que violenta

Como dissemos anteriormente, a polícia que cega é extremamente violenta com os mais injustiçados. Não é de hoje que vemos jovens sendo mortos apenas pela cor da sua pele, por morarem em um local em que há pessoas com menos dinheiro ou por não terem tanto poder quanto os ricos. 

Segundo o jornal El Pais, somente em cinco anos 100 crianças foram baleadas no Rio de Janeiro. Nesses casos, a polícia sempre alegou que as mortes foram consequência de balas perdidas. Porém, como é possível que essas balas atingiam somente os filhos dos pobres e negros? Como o Estado permite a violência brutal contra crianças que nem sequer terão a chance de viver suas vidas com plenitude?

Dentre essas crianças, hoje, os pais de Rafael, Endryw, Ana Clara, Alice, Kaio e Agatha Felix choram junto com outros que também tiveram suas vidas interrompidas por aqueles que deveriam proteger seus filhos e suas vidas.

Como não sofrer com tamanha injustiça?

A Polícia que Cega em Protestos 

Além da morte brutal de crianças, a polícia cega também cidadãos que se manifestam contra as barbaridades cometidas pelo Estado. Além de não garantir a segurança das nossas crianças, quando as pessoas decidem levantar suas vozes contra esse absurdo ainda há repressão brutal a ponto de fazer com que pessoas inocentes fiquem cegas. 

Como no caso do homem cego em Recife, os manifestantes estavam apenas protestando pacificamente por um país melhor, quando a polícia agiu com brutalidade e atirou balas de borracha em todos. Em meio à confusão, uma das balas de borracha atingiu um manifestante em um dos seus olhos e o cegou. 

Resta então o questionamento: a polícia além de maltratar os pobres e negros, ainda é contra quem manifesta pelo direito de todos?

Sabemos que os pobres sempre sofrem muito e com as piores barbaridades e humilhações.

O pobre é sofredor, até parece, que nunca existe ninguém por ele.

Isso é triste!

A Culpa é Somente da Polícia? 

Até agora mostramos o quanto a polícia que cega é cruel com menos favorecidos. Porém, será que tudo isso é culpa somente da polícia? Assim como todos nós, essas pessoas são também humanas e, para realizar tantas maldades, eles absorvem as crueldades do mundo. Eles enxergam tudo o que acontece e não conseguem distinguir entre o que é certo e errado, apenas reagem aos estímulos violentos do mundo. 

Existe uma crônica da Clarisse Lispector, chamada Mineirinho. Essa crônica nos faz refletir. Ela fala de um facínora perigoso e que já matara demais. E que esse facínora Mineirinho foi morto com os treze tiros, mas apenas um tiro bastava para matá-lo.

A Crônica mostra que na vida há fatos irredutíveis, mas há também revolta irredutível, a violenta compaixão da revolta.

 A gente pode se fechar e se calar um pouco, vendo talvez como a justiça que se vinga. Esta é a lei.

Mas há alguma coisa que, se me faz ouvir o primeiro e o segundo tiro com um alívio de segurança, no terceiro me deixa alerta, no quarto desassossegada, o quinto e o sexto me cobrem de vergonha, o sétimo e o oitavo eu ouço com o coração batendo de horror, no nono e no décimo minha boca está trêmula, no décimo primeiro digo em espanto o nome de Deus, no décimo segundo chamo meu irmão. O décimo terceiro tiro me assassina — porque eu sou o outro. Porque eu quero ser o outro.

Portanto a crônica nos mostra que talvez queremos uma justiça que não se esqueça de que nós todos somos perigosos, e que na hora em que o justiceiro mata, ele não está mais nos protegendo nem querendo eliminar um criminoso, ele está cometendo o seu crime particular, um longamente guardado. Na hora de matar um criminoso – nesse instante está sendo morto um inocente.

O que o mundo todo não entende, o que eu e você e todo ser humano que vive na Terra não entende é que todos nós somos um. Todos nós somos feitos de um único tecido de Deus. Esse é o motivo que leva muitas religiões ensinar você chamar o seu próximo de irmão.

Todos nós somos seres errantes. Todos nós estamos corretos e estamos errados: O bandido que comete as maiores atrocidades, o policial, o civil, todos nós somos iguais.

E para haver uma mudança realmente significativa no mundo, todos nós teríamos que mudar.  

Para o planeta ser menos estressante, ser menos sofrido e deprimente, todo ser humano sem exceção teria que ter uma alma mais inocente, teria que deixar a essência de Deus aflorar novamente

Pergunta: Como viver sem estresse se vivemos num mundo de bárbaros?

Pergunta: Como viver bem se vivemos tristes, deprimidos, aterrorizados e estressados com os fatos que acontecem?

Teve uma vez, que presenciei uma briga entre dois rapazes, no local haviam policiais que não fizeram nada, simplesmente não se mexeram para separar os dois rapazes que estavam brigando.

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