Mas Por que você deve estudar as beguinas e as bruxas logo?

Mas Por que você deve estudar as beguinas e as bruxas logo?

Tempo de leitura: 10 minutos

As beguinas e as bruxas nos mostram que existe uma ideia totalmente diferente de Deus. Elas nos apresentam a ideia de que Deus não está somente na igreja tradicional, Deus está também nas mulheres e em nosso Sagrado Feminino.

Quer entender mais sobre o tema? Neste texto explicaremos como essas mulheres podem abrir nossa visão de mundo, nos ajudar a pensar fora da caixa e a refletir para muito além dos limites que sempre nos foram impostos. Confira mais a seguir:

Diferentes concepções de Deus – Um Deus Fora da Caixa

Muito se fala atualmente sobre o poder feminino e a força que nós carregamos em nosso interior. Entretanto, quando olhamos para a história acabamos por perceber que as beguinas e as bruxas são na verdade como as feministas medievais.

O motivo disso é que essas mulheres, desde sempre acreditavam em sua força feminina. Buscavam o conhecimento, o autoconhecimento e a força que havia em seu interior para então serem pessoas inteligentes, livres e dispostas a dominar o mundo caso fosse preciso. Essas mulheres já entendiam o seu Sagrado feminino e como o utilizar a seu favor.

A vida é profunda e trivial ao mesmo tempo, simultaneamente.

Não há contradição na profundidade da vida e na sua trivialidade

Mas foi-lhe ensinado que o Sagrado está distante e nunca é o profano. Foi-lhe ensinada uma distinção entre profano e o Sagrado, entre o profundo e o trivial. Na verdade, não há distinção. O trivial é profundo, o comum é extraordinário, é mágico!

E o temporal é eterno!

Pergunta:

_Então onde você encontrará o profundo? Na igreja, no templo, às vezes rezando ou meditando?

Se você pensar que sim, então o profundo não será muito em sua vida e o profundo será, de certa forma, falso.

Ele não permeará toda a sua vida.Ele não estará ali sempre com você.Ele não a envolverá como um clima. E às vezes você terá que fazer um GRANDE esforço para ter essa qualidade de profundidade, e repetidas vezes irá perdê-la. Então, você começará a se sentir dividida separada de tudo e de todos.

E sempre que vier algo trivial irá se condenar, que “Eu sou apenas trivial, comum.”E sempre que vier algo profundo começará a se sentir mais Sagrada do que é, começará talvez se sentir egoísta. Ambos são perigosos.

Sentir que você é comum, trivial, é uma condenação. Isso cria um sentimento de inferioridade e você NÃO é inferior. Você é importante – é parte da Unidade! Por causa dessa condenação, o amor pode não acontecer. Como você poderá se amar ou amar outra pessoa se sentindo tão inferior e condenada?

Então, se você se sente condenada devido à sua trivialidade, estará no inferno, criará um inferno para você mesma.

E às vezes vai começar a se sentir muito Sagrada porque fez algo grandioso. Salvou uma vida- alguém estava se afogando e você a salvou, e uma criança estava em perigo e você a salvou, fez algo grandioso – então se sente muito egoísta. O seu ego está nas alturas. E de novo você criará um inferno para você mesma.Sentir-se superior é está no inferno. Livre-se de toda a superioridade. Simplesmente SER é estar no paraíso!

A condenação é orientada por suas ideias. “_Eu sou perfeita, eu sou imperfeita, qualquer coisa que faço é imperfeito.”

Na verdade a perfeição não existe. Quando você é perfeita, não pode haver evolução.

Desfrute da sua imperfeição, aprenda com ela.Desfrute de quem você é. Você é importantíssima!

Compreenda que tudo e todas as criaturas é Deus, é Sagrado, é Unidade! Nada existe separado – tudo é Unidade!

Desse modo, livre-se de todas as distinções entre Sagrado e o profano, o pecado e a virtude, o bem e o mal. Deus e o diabo.

Destrua todas essas distinções.

Essas são as armadilhas que você fica capturada! Essas são as armadilhas que não lhe permite viver uma vida mágica e que não lhe permitem a sua liberdade.

Deus, me livre de todo o “bem” que me desejam e de todo o mal. Deus, me livre até mesmo de Deus- de todas as ideias inventadas sobre quem é e o que é Deus. Que o Amor ágape possa prevalecer. Amém”

Comer é um ato trivial se você olha de fora

Mas se você olha de dentro é um ato profundo, verá uma mágica, um milagre- que você possa comer pão e o pão ser transformado em sangue, se torna sua carne, se torna seus ossos, se torna até sua medula.

Você come pão e o pão se torna seus pensamentos, seus sonhos.

É um Milagre!

É a coisa mais profunda que pode estar acontecendo. Quando você está comendo, isso não é uma coisa trivial, comum. Deus está em ação! Enquanto você está comendo, está mastigando, está criando vida, involuntáriamente e inconscientemente. Amanhã você pode desenhar e esse pão que você comeu se torna o desenho. Amanhã você poderá cantar, ou nesse exato momento você pode fazer algo que não seria possível se não houvesse comido o pão.

O pão, o chá, a bolacha, o café – Tudo é Divino!

Jesus disse:

“_Dai-nos o pão nosso de cada dia.”

Desse modo, Jesus está elevando o trivial para o profundo. É uma declaração.

“_O alimento é Deus.” Dizem os Hindus.

Você está tomando uma ducha, um banho. Olhe bem no fundo disso. A água é uma benção. A água é vida e quando você está tomando banho, ela está chovendo sobre você!

Entenda mais sobre o tema no texto Bruxa Selvagem: Livre, leve e solta na luta pelos seus sonhos.

Machismo e o corpo feminino

Os medievais pensavam que os corpos masculinos eram quentes e os femininos eram frios. Isso faria com que os órgãos sexuais femininos ficassem para dentro, como se o canal vaginal e os ovários fossem o negativo do pênis e dos testículos. Para eles existiria apenas um sexo: o masculino. A mulher seria um homem defeituoso porque os órgãos ficariam para dentro.

A regra dominante na Idade Média era de que a mulher deveria ser submissa e dependente do pai ou do marido. A ideia da inferioridade feminina foi muito influenciada pela imagem negativa que a tradição judaica havia criado em torno da primeira mulher: Eva, um ser pecador, incapaz de resistir à tentação e, por isso, ela precisava de tutela masculina.

A Visão que se tinha é que a mulher era tão irresistível, misteriosa, mágica e sedutora, que era um perigo Carnal e Espiritual, como se a mulher pudessese apoderar da alma do homem.”

Mas na verdade a mulher antes mantinha viva e solta dentro de si mesma a sua “essência pura” feminina, mantinha vivo o Sagrado dentro de si mesma. E isso encantava e enfeitiçava padres, religiosos e homens da época.

As beguinas e as bruxas eram consideradas mulheres de “espírito livre.”

Toda pessoa de “espirito livre” acredita que o Sagrado está em tudo e em todas as criaturas. Deus é Unidade! Podemos ver Deus em todas as coisas e em todas as criaturas. Tudo é Sagrado!

 Os beguinários se tornaram centros MÍSTICOS  muito importantes e, em sua independência, frequentemente proliferavam neles crenças divergentes da doutrina católica. Como essas mulheres, acredito em uma Igreja bem ao estilo de Jesus Cristo, sem dominação, sem egoísmo, sem poder, uma Igreja mais próxima das ruas, dos pobres.

Nos tempos atuais o empoderamento e empreendedorismo que as beguinas já exerciam séculos atrás pode ser materializado nas ações coletivas que têm como protagonistas mulheres.

 Não havia vergonha se uma escolhesse deixar o beguinário para se casar, mas, de modo inverso, o beguinário servia como refúgio para aquelas que, de uma forma ou de outra, poderiam ser forçadas a se casarem. As beguinas também poderiam ter acesso livre as bibliotecas e a diversos conhecimentos – diferente das outras mulheres da época, que estudavam somente com a permissão do pai ou do marido.

Chama a atenção o fato de que, nos primeiros tempos, as Beguinas ressoavam para as forças dominantes apenas como uma experiência beneficente e útil, ao alcance de seus olhos inquisitoriais. À medida, porém, que as Beguinas vão se consolidando organicamente, trabalhando sua identidade de mulheres livres – em relação ao machismo familiar, ao machismo clerical e ao machismo de outras instâncias oficiais – passaram a sofrer leituras pejorativas até começarem a ser perseguidas pela instituição eclesiástica, ao ponto de, em 1311, terem sido condenadas como hereges, no Concílio de Viena (1311).

O conhecimento muitas vezes é uma BARREIRA para a vida.

Então olhe com os olhos vazios.

E a vida será uma constante SURPRESA!

E eu não estou falando de alguma vida divina, espiritual ou Religiosa.

A vida comum é MÁGICA e tão extraordinária!!!!

Em pequenos incidentes você encontra a presença de Deus – uma criança rindo, o vento balançando as árvores, um cão latindo, uma pessoa dançando, uma pessoa tomando café ou chá …

Mas você não conseguirá ENXERGAR se os seus olhos estiverem vedados pelo conhecimento ou pela razão – pelo seu intelecto humano.

Os mais POBRES são aqueles que vivem através da mente.

😮

Os mais RICOS são aqueles que abriram as janelas da alma através da NÃO MENTE e abordam a vida com a NÃO MENTE.

Pense ALÉM da sua mente.❣

Pense ALÉM da lógica, do seu intelecto humano. Pense com a NÃO MENTE e com o AMOR!

Isso é mente sadia – é Riqueza mental!

Isso é saudesemstress.com

O “eu”

O “eu” que você pensa ser é o “eu” visto pelos outros, tocado pelos outros, ouvido pelos outros, amado pelos outros, odiado pelos outros.O “eu“, o ego, não é nada além que a opinião dos outros que você coletou sobre você.

Esse “eu” não é você, mas você está identificado com ele.

Então deixe de lado o que você NÃO É, para poder saber o que você é.

O que ensino é paradoxal.

Jogue fora aquilo que você NÃO É…

Para que aquilo que você é possa se manifestar…

Você é MUITO mais importante do que aquilo que você pensa ser.😊 Por consequência, as pessoas são grandes criadoras de problemas, de stress… Entenda isso e de repente os problemas desaparecem.

Ao longo deste texto disse que as beguinas e as bruxas são extremamente relevantes de serem estudas para quem quer conhecer mais sobre o Sagrado Feminino e entender a história feminina. Falei que entender a história dessas mulheres é entender também a nossa própria história e vida.

Gostou de entender mais sobre o tema? Então não deixe de acessar o texto O que é ser uma Bruxa Selvagem em pleno século XXI.

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